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A única maneira de (tentar) preencher o vazio que deixaste – quando decidiste que não querias mais ficar comigo – é encher as paredes com imagens tuas, deixar a tua almofada no mesmo sítio – a almofada e o espaço na cama que te era reservado – e conversar, conversar muito sozinha, como se ainda nos pudéssemos escutar. Num acto de loucura, é agir como se nunca tivesses ido embora - como se nunca me tivesses deixado. Como se (ainda) fossemos feliz, felizes por nos amarmos. Até ao dia em que já não seja preciso fingir que ainda nos pertencemos – até ao dia que deixei de te amar.

18 comentários:

  1. como eu te compreendo, acredita que às vezes também dou por mim a falar para "ele" como se ainda ele estivesse comigo e ainda partilhássemos algo ainda hoje, a verdade é que depois vejo que tudo me passou ao lado e que só o sentimento ficou, acredita que é preciso muita força e eu acredito que tu bem lá no fundo a tens.

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  2. Mais um post que diz tanto, Mafalda!

    Mas eu não quero mostrar-lho. Acho que me iria impedir de voltar a postar o que quer que fosse no blog. Ia-me sentir como se não tivesse mais privacidade. Além disso... há coisas que não se devem saber.

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  3. sim, com o tempo as coisas foram-se apagando e agora mal nos falamos, apenas o essencial; mas depois também percebi que de quem gostava mesmo era de outro e não dele.

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  4. Também acho outra coisa, em jovens há sempre aquele "fogo", "entusiasmo", raramente acontece o que acontece aos adultos: caem na monotonia, na rotina.

    Mas tu não sabes se a pessoa a quem estás destinada não é a pessoa com quem estarás na altura e que amas.

    Também já estive pior, também já fui mais controlada por tudo isto, mas também não consigo controlá-las completamente.

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  5. É sinal que o fazes bem!
    Não sei mais que dizer para dizer que me tocaste mais uma vez. É como se tivesses a escrever directamente para mim. Eu sei que não, mas eu sinto assim... Está lindo!

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  6. Somos nós sim, mas não fomos nós :P

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  7. Pois pode, mas há sempre aquele desejo típico de um jovem, ai, não consigo explicar! x)

    Mas eu acho que não é necessário ter-se medo disso. Se for a pessoa errada - o que tem? Viveste momentos fantásticos com ela, foi mais uma fase feliz da tua vida. E até poderás estar com uma errada de novo e outra vez, e mais outra, até encontrares a certa. É assim tão mau? Acho que não...

    Então, se achas que é impossível, não as consegues controlar *exactamente*, não é?

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  8. Ai, ai, ai este post! Olho para uma linha e depois para outra e até posso voltar a lê-lo mas não consigo eleger uma palavra tal é a sintonia entre elas!

    Felizmente temos mais que um sonho! Mas, agora que penso, acho que rodam todas em volta do mesmo: ser feliz :)

    É tão bom quando nos superamos! Quando isso acontece ganhei o dia, sabes? E quero sempre mais, dar mais, ser mais. E então volto a irritar-me comigo mesma por não o conseguir fazer!

    és uma querida :')

    Sim, senhora. Eis a frase: "Quando o dizem, os meus olhos quase que falam - devias ter ficado, se não querias perder tempo.", in english :P

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  9. é verdade, todos nós somos mais forte daquilo que parecemos e pensamos.

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  10. sim, mas a dúvida ainda me invade mais porque não é só hoje que ele faz isso, ele faz isso todos os dias, quando eu partilho o mesmo lugar que ele.

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  11. (vou dizer uma coisa que não te interessava muito, mas pronto, haha) Aquele post foi por causa do P, e sabes que já uma vez lhe disse no meio de um email que devíamos falar por cartas - ele não respondeu a isso -, e já voltei a pensar nisso de novo. Talvez eu não tivesse que esperar tanto e tanto tempo para o ler de novo.

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  12. É verdade, até porque acabamos todos por ser humanos (e amar)!
    E sim, nem sempre é bom, há coisas que preferia saber só de ler e não as sentir quando o faço.

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  13. Não sei se o fingimento será solução. Sabes, no desespero angustiado de ñ sabermos lidar c/ a dor constante percebemos o quão fortes somos, e q ñ precisamos ter/fingir alguém do nosso lado.
    A felicidade nasce em nós, só temos de aprender a cultivá-la.

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